quarta-feira, 1 de julho de 2009

Veneno

Estou suspensa, assim como minhas mãos estão congeladas. Não sou alegre nem sou triste, sou viva (não sou poetisa), o que me envolve com a capa do perigo. Sou perigo e respiro perigo. Empacotadas as pessoas não aprendem, quem aprende é quem se despe (de tudo, sem vexação).
“Não quero faca nem queijo, quero fome!” diz Adélia Prado. Pois tenhamos fome, de nós mesmos, do outro, devoremo-nos, felizes "à mesa", suprindo nossas necessidades vitamínicas, do corpo que é também espírito, que é cabeça antes de tudo, e que é dor, somos dolorosos, seres pungentes, em nossos derradeiros momentos de conhecimento, somos (e não “estamos”) todos envenenados nesses momentos. Veneno que procuramos, assim como a paz, assim como o ar que também nos mata aos poucos, veneno que não queremos achar, pois quem procura quer é procurar.

3 comentários:

  1. Raquelzinha, continue pois a procurar o "veneno"... As malícias de uma mulher, com o rosto de uma menina delicada e levada ao mesmo tempo...
    Suas palavras tão racionais, não conseguem esconder a garota cheia de planos e dúvidas... Seu futuro será brilhante ! Isso eu posso afirmar..
    Te amoooo gatona =)

    Isabella Rodrigues

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  2. o agora é o agora!
    o mais legal de perguntar, é não encontrar a resposta. :-)

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  3. "Empacotadas as pessoas não aprendem". Muito bom.

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