sexta-feira, 19 de julho de 2013
Uma roseira é um pé de romãs
O vento faz com que a janela bata desenfreadamente e gela minha pele descoberta. A cama não parece ser do tamanho adequado, um pouco maior em comprimento, um pouco menor em largura e talvez um pouco mais tenra que o devido. Há uma roseira na casa vizinha que me lembra o pé de romãs daquele conto de fadas, e eu à dormir como se minha vida fosse dessa espécie. Tenho água e livros, tenho mais vida entre quatro paredes do que na rua, ao vento. O vento vem até mim. As janelas agora são minhas cúmplices, estou me desarticulando da verbalização e elas ajudam, se responsabilizam por toda a balbúrdia necessária e me deixam com a modificação silenciosa, todo esse embaraço de cabelos soltos, ao vento e ao quarto.
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