quarta-feira, 24 de julho de 2013

Entre "nadólogos" e niilistas

Balzac, em determinada ocasião, chamou aos jornalistas de “nadólogos” (em francês “rienologues”, de “rien”, nada), serão os filósofos e poetas mais que "nadólogos"? Não serão os jornalistas antes "amplificadores de nadólogos"? Há algo além do niilismo nos furos e incompletudes das teorias físicas, psicológicas e linguísticas? O trabalho mental que nos consome nos levará além do vão, do abismo que existe na forma de "não-existir em si" a cada nada em que tropeçamos no fim de cada jornada finda? Será o fim mais que isso? Devemos enxergar o fim como conclusão de objetivos quando positivo, mesmo que na "conclusão" já esteja embutido um "nada" à posteriori? Insistir na vida é uma atitude "nadóloga" e poética, entender a vida talvez seja ter a postura peremptoriamente niilista e assim se dividem os homens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário