terça-feira, 23 de abril de 2013
E se as telas e pincéis da Itália fossem espelhos e colinas da Irlanda? Um bárbaro captura a beleza tanto quanto um Sanzio. Enquadramos quase toda a beleza da vida que nos toca (seria um impulso primitivo?), eis um dos males da métrica, uma onipresença na expressão, eis a compulsão por achar, ou dar alguma exatidão em todo o caos da disposição natural. Talvez precisemos de um mínimo de aritmética para reconhecer a vida. Ser naturalista e transpor ecossistemas e universos em arte, mostrar o gosto parcial e sutil percepção de uma cognição, intercambiar imagens, intercambiando ideias, pela geometria, ser engajado através de um objeto "quadrado". "Pensar é estar doente dos olhos" dizia Caeiro, será verdade? Quadrados e suas pontas limitantes e ao mesmo tempo desbravadoras, pontas que delinearam história e delineiam críticas. Uma vida de ensinamentos pelo quadrado. A "Educação pela pedra" do Sr. João Cabral é antes a "Educação pelo quadrado"! A fotografia, o livro, o pergaminho, a tela. Plantar árvores através de um monitor é viável? E cá estamos, a pós-modernidade é tão "natural" para quem tem todo o aparato de carbono e silício, um contraponto ou um só ponto?
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