domingo, 25 de outubro de 2009

Terceirão

Para quem não me identificou, sou a garota de verde com longas melenas castanhas.
Bem, meu terceiro ano tem sido maravilhoso, meus colegas, amigos, meus professores foram tão importantes na minha formação que acho que acabo de me descobrir de um jeito novo, leve e mesmo mais forte no fim dessa etapa. Terceirão, Terceirão de João, Renan, Ana Luíza, Isabella, de muitas mãos estendidas, de sentimentos confusos e de vidas se encontrando, unindo, formando e separando, bem, como estamos??? Acho que estamos juntos (de formas diferentes, de formas absulutamente enigmáticas algumas vezes) e eis a importância dessas pessoas em minha vida!
(Foto de nostalgia precoce!)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Por onde começar? Que sensação ruim, desconfortável a de perceber que não era isso mesmo, que você se confunde mais do que uma criança em uma aula de fisiologia. Estou redescobrindo algo em meus momentos, momentos para comigo, e não fui eu quem me dei o privilégio e sim um fator externo, uma outra consciência, talvez seja só minha vulnerabilidade, porque pareço sempre estar descobrindo que estou vulnerável. Bem, vulnerável e vestida como Penélope Cruz, não há quadro tão enfadonho... Estou pensando em largar definitivamente esse computador, e largar metade de mim, mas ainda me falta um resquício da coragem que guardo para momentos especiais, decisivos. Tomo o café agora e tudo parece amargo, talvez seja dessa forma, o amargo que vira doce ao se ficar desperto a noite, ao se ter ânimo para algo mais, mais de mim não posso hoje, espero que as pessoas não se exijam tanto, estou cansada de reclamações, e claro, me compadeço um pouquinho por elas, delas, com elas, mas não me exijam mais também.

domingo, 18 de outubro de 2009

Espada, do amar e 'acordar'



'Para viver um grande amor, primeiro
É preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro
Seja lá como for
Há de fazer do corpo uma morada
Onde clausure-se a mulher amada
E postar-se de fora com uma espada
Para viver um grande amor'


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nietzsche's birthday!


"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras"
Friedric W. Nietzsche

"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas"
Friedric W. Nietzsche

"Torna-te aquilo que és"
Friedric W. Nietzsche


Hoje é aniversário do Nietzsche, um homem que não conheci, de fato, mas quantos homens não são mais responsáveis pelo que nos tornamos e somos do que nossa influência mais concreta, como mesmo nossos pais?


Nietzsche é meu guia espiritual, Nietzsche é minha influência mais densa, mais coesa, mais próxima de cada toque que dou a um texto, aos meus pensamentos, às minhas aspirações. Não sei fazer uma homenagem que faça jus à figura e ao legado desse Filósofo que por ser póstumo sempre soube que seria acolhido por alguns de nós, que teria em nós o cerne, a perpetuação de seus objetivos, das suas relativas verdades, da sua moral que nem mesmo deve ser denominada assim. Não digo que não haja falhas em sua escrita, que não haja falácias de alguma forma, mas há acima de tudo arte, talento, busca pela verdade, por abrir olhos, por livrar quem quer ser livrado da moral de rebanho, dos pensamentos mesquinhos, das imposições sem sentido. Nietzsche poderia ter sido um revolucionário se a saúde e vida pessoal tivessem sido mais agradáveis, menos duras, mas não há como fazer suposições, pois se algo fosse diferente talvez tudo nele também houvesse sido, talvez a sua doença providencial tenha sido o que de fato ele obteve de mais extraordinário da natureza, talvez ele a tenha esperado, pedido para que chegasse o quanto antes, pelo tempo necessário, até que concebesse Zaratustra, Humano demasiado Humano e outras relíquias...


Nietzsche, Nietzsche das interpretações, Nietzsche do pensamento vivo em mim, bravo(!), caro amigo bigodudo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Da manhã e do encontrar-se

Manhã da manhã certa ao meu resplendor renovador, encorajador, apurador do arpoador. Sinto e quase vejo a luz, vejo a luz agora, falta-me ver olhos, mas posso encontrá-los no reflexo do óxido de prata. É tão certo que a vida em derredor possa ser simplesmente ausência de vida, tão certo que entrego os pontos às vezes. Agora estou notando algo, passo maquiagem para escrever, o batom carmim aqui está e meus olhos estão delineados, talvez eu esteja furiosa de alguma forma e não possua talento, me tomaram ontem por uma revolucionária sem premissas, eu me tomei, é meu o termo, mas acredito que ele o fez melhor. Não queria referir-me à uma pessoa que conheço há pouco, mas não irei refrear-me hoje, talvez a leitura desperte algo de infinito em algum objetivo.

Quais são as metas mais saudáveis para o ano? Esse pequenino menino que mal aparece já foge, é um menino, o Ano nunca será uma menina, não há recatamento suficiente, é sempre, tudo, sempre escancarado, sempre ironias tolas que levantam seu próprio ego. Não há meninas assim, valham-me as ciganas como prova, elas podem dizer quase tudo do quase, intensamente.
Não consigo resolver-me e mudá-lo, não consigo agir sem notá-lo, acho excelente ter uma boa conversa, mas desgasto-me por vezes, quase perco a cor, quase, quase... É sempre a iminência de um acontecimento, e ser hermética não é ser erudita, eis a parca filosofia por detrás das escolas literárias.
Acho que seguir, simplesmente seguir sem procurar mudar, sem olhar os atalhos, as encruzilhadas, é querer viver, mas é ainda não notar que se é onisciente a qualquer momento e não só no início do plano.

P.S.: Escrevi isso nessa manhã, ao acordar, antes de ter tido uma palavra com alguém e agora relendo acho que tudo cabe no meu dia, nas minhas discordâncias e concordâncias. Mudei alguma coisa em mim depois de hoje.
Viver é um fenômeno psicológico.

domingo, 11 de outubro de 2009

Árvore de frutos!


Acho que quando não se tem medo do ridículo, quando se deseja fazer um mundo melhor ou só uma existência própria mais feliz, não se perde... Ser sozinho não é ser sozinho, ser sozinho é ter liberdade para ser você mesmo. (O ser sozinho é um estar sozinho, nada 'é' de fato, e de todo!)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

But pieces of what?

Livros não lidos medem tempo. Talvez não meçam tanto, mas medem culpa.
O acaso, sem tradução para o Espanhol, como pude constatar, me pega sutilmente em momentos clichês, pois são surpresas previsíveis após algum histórico de idas ao cinema.
Espero ser coerente a partir de agora. A música francesa é boa, desde que cantada em Inglês e os verões nunca são como os meus verões, verões com sol e sem brilho, mas não reclamo. Às vezes julgo ser recompensada ou punida pelo acaso de acordo com minha postura espiritual, acaso que persegue não é acaso, não consigo simplesmente ser clara quando tento deixar concreta uma sensação. Quantos fragmentos não deixo em cada frase? Não há como terminar, sintetizar, ser limitada me inquieta muito hoje, não posso olhar para o mais alto sem tentar descompô-lo em algo palpavelmente à mercê do meu capricho, pedacinhos, pedaços, nuances é o que vejo, nunca a luz toda é refletida e quase nada tem brancura suficiente para que se possa enxergar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Raindrops (on roses)


Sabe quando se acorda mais cedo, se está disposto, fisicamente disposto, mas ainda há um resquício de hábito, de cotidiano inserido na carne que não deixa que o corpo se erga? E passados os primeiros trinta segundos de consciência cede-se, cede-se à natureza e não há volta, não há como reerguer-se dentro de no mínimo uma hora! Em seguida o sentimento de culpa junto com as olheiras no espelho são o suplício sem redenção, tempo perdido por capricho, por não ter sido forte.


Às vezes me sinto extremamente fresca com meus horários, às vezes julgo não precisar deles! Tudo é facilmente resolvido ou nada se resolve, afinal! (Não há 'meio-termo' em alguns dias, dias cinzentos, de chuva, hoje houve 'some raindrops'!) Ser indiferente, assim como ser acometida por indiferenças circunstanciais, não me perece muito diferente do 'deixa a vida passar, deixa o tempo dizer' de algumas pessoas, do estilo de vida, do cotidiano dessas pessoas. (Como somos previsíveis, todos, quando em determinado grau de vivência!)

Quando há preocupações em excesso ou estresse em sua forma 'supersaturada' cada um reage de uma forma, cada qual com seu grau de disciplina nunca sabe se o arrependimento de um descanso na hora errada pode chegar, não antes dos passados trinta segundos de esperada e escolhida letargia. Afinal, todos sabem, mas como é bom fazer-se esquecer em algumas manhãs!