Estou toda manchada. Miscelânea de maquiagem, chocolate, brilho e um pouco de poeira do dia. Sinto-me cansada, não acho que as pessoas entenderam bem o que eu quis dizer, mas elas sempre podem pensar uma vez mais e quem sabe pensarem em esquecerem-se do que a pobre garota disse. Estou sendo chamada, convocada pelo meu eu para odiar teorias, pegadas, pessoas, estou com o instinto destrutivo tão pujante que não há muito teor de racionalidade na tomada agressiva que tenho empreendido contra o cenário. Mas contra tudo não, só todos. Manchei a folha com maquiagem borrada, mancho minha possível alma domingueira. E hoje sugeriram terem vislumbrado minha "aura" amarelada. Talvez seja só o tempo que nunca tive, que não existe para não precisar se dar.
Sapatos engraçados, como preciso de sapatos menos sérios, tenho quase criado teorias sobre a sobriedade do indivíduo e suas escolhas de sapatos. Eu não me cuido generosamente, imparcialmente, sou delegada às circunstâncias de momentos assustadores e eu me doo, e tudo é tão mais sutil assim. Como as palavras têm surgido de forma pífia ultimamente, a vida tem sido ignonímia e falta de calma. Preciso me acalmar. Ajuda, quase grito, mas não posso chamar ninguém, não posso correr riscos de me apaixonar, sou sempre um risco.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Capa
Corpo ao Mar
Cruzeiros atraem (me)
Néscias paixões
Vertiginosas
E as estrelas sem mais tempo
para serem constelações
Caem do meu cabelo
molhado, salgado
Assinar:
Postagens (Atom)